A consulta médica estava marcada para as 9:45. Às 9:55 dois assistentes do médico principal chegaram para me ver. Fizeram as perguntas da praxe e, depois de algum tempo, deram de cara com o resultado de um teste. Depois de o lerem, disseram que o médico principal viria falar comigo.
Dez
minutos depois, um dos assistentes regressou, me apalpou e voltou a dizer que o
médico viria dentro de pouco. Passaram-se cerca de 15 minutos, chegou o médico
principal, professor universitário, fez algumas perguntas, apalpou-me e convidou-me para ir ao gabinete dele. Instalado numa cómoda
cadeira, e acompanhado da Valéria, comecei a ouvir o médico, com os dois
assistentes, como “guarda-costas”, sentados atrás de nós. Eram 11 horas.
Durante
todo esse tempo, passaram pela minha mente os mais diversos pensamentos,
sensações e emoções. Das piores às melhores, num terremoto permanente, sem
direcção, nem ordem. Aliás, como acontece com todos nós, em todos os momentos.
A nossa mente discorre em todos os sentidos, não sabe se pergunta ou responde
aos estímulos internos e externos.
A
cultura popular “ensinou-nos” que o coração decide tudo e usamos essa
imagem para identificar a origem das nossas emoções, sentimentos e decisões. Há
outros que “recorrem” à luta entre coração e emoção, e atribuem a um ou outro a
responsabilidade das suas decisões.
Entretanto,
na verdade, toda essa luta e todas as decisões acontecem na nossa mente. A
pergunta que se levanta sempre é “quem manda na mente?”.
Toda
a luta é ganha por quem é mais forte, seja física, mental, emocional ou
financeiramente. Esse emaranhado de emoções, sentimentos e ideias que se
instalam na nossa mente deixa-nos totalmente perdidos e somos, quase sempre, levados por aqueles mais fortes, que não necessariamente são os melhores. É aqui
precisamente que entra uma característica determinante inculcada no ser humano
pelo Criador: o livre arbítrio.
No
consultório, frente ao terremoto de pensamentos, emoções e sentimentos que se
apoderaram de mim, tinha uma de duas saídas: dominar a minha mente ou deixar-me levar
pelas dúvidas, medos, desculpas, presunções, suposições… Mas para isso, teria
de ser mais forte do que esses sentimentos e emoções, o que, apenas pela força
humana, é totalmnete impossível.
Em momentos como esses tenho entendido a profundidade da verdade
absoluta que é “a paz de Deus excede todo o
entendimento”. Na verdade, só quando descanso em Deus posso sobrevoar que nem a
águia sobre todo e qualquer terremoto que esteja a tentar dominar a mente e,
por ende, as minhas acções.
O
acto de descansar em Deus acarreta uma segunda verdade absoluta. Não tenho que
carregar toda essa ansiedade que tolda a minha mente, se tão somente aceitar o
desafio do próprio Jesus que me desafia, através do entendimento da Bíblia, a
não estar ansioso por nada, mas a tão-somente a confiar n´Ele. É só aqui que
consigo levar paz à minha mente e, consequentemente, à minha vida.
Sou sim, senhor da minha mente, mas ela não pode ficar à mercê apenas dos meus inputs internos, fruto da minha história pessoal, e dos inputs do ambiente que me rodeia. Encontrei amparo em Deus, em todos os momentos.
Experimente Deus. Conselho de amigo.
Sou sim, senhor da minha mente, mas ela não pode ficar à mercê apenas dos meus inputs internos, fruto da minha história pessoal, e dos inputs do ambiente que me rodeia. Encontrei amparo em Deus, em todos os momentos.
Experimente Deus. Conselho de amigo.
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