quinta-feira, 8 de maio de 2014

Quem manda na minha mente...




A consulta médica estava marcada para as 9:45. Às 9:55 dois assistentes do médico principal chegaram para me ver. Fizeram as perguntas da praxe e, depois de algum tempo, deram de cara com o resultado de um teste. Depois de o lerem, disseram que o médico principal viria falar comigo.

Dez minutos depois, um dos assistentes regressou, me apalpou e voltou a dizer que o médico viria dentro de pouco. Passaram-se cerca de 15 minutos, chegou o médico principal, professor universitário, fez algumas perguntas, apalpou-me e convidou-me para ir ao gabinete dele. Instalado numa cómoda cadeira, e acompanhado da Valéria, comecei a ouvir o médico, com os dois assistentes, como “guarda-costas”, sentados atrás de nós. Eram 11 horas.

Durante todo esse tempo, passaram pela minha mente os mais diversos pensamentos, sensações e emoções. Das piores às melhores, num terremoto permanente, sem direcção, nem ordem. Aliás, como acontece com todos nós, em todos os momentos. A nossa mente discorre em todos os sentidos, não sabe se pergunta ou responde aos estímulos internos e externos.

A cultura popular “ensinou-nos” que o coração decide tudo e usamos essa imagem para identificar a origem das nossas emoções, sentimentos e decisões. Há outros que “recorrem” à luta entre coração e emoção, e atribuem a um ou outro a responsabilidade das suas decisões.

Entretanto, na verdade, toda essa luta e todas as decisões acontecem na nossa mente. A pergunta que se levanta sempre é “quem manda na mente?”.

Toda a luta é ganha por quem é mais forte, seja física, mental, emocional ou financeiramente. Esse emaranhado de emoções, sentimentos e ideias que se instalam na nossa mente deixa-nos totalmente perdidos e somos, quase sempre, levados por aqueles mais fortes, que não necessariamente são os melhores. É aqui precisamente que entra uma característica determinante inculcada no ser humano pelo Criador: o livre arbítrio.

No consultório, frente ao terremoto de pensamentos, emoções e sentimentos que se apoderaram de mim, tinha uma de duas saídas: dominar a minha mente ou deixar-me levar pelas dúvidas, medos, desculpas, presunções, suposições… Mas para isso, teria de ser mais forte do que esses sentimentos e emoções, o que, apenas pela força humana, é totalmnete impossível.

Em momentos como esses tenho entendido a profundidade da verdade absoluta que é  “a paz de Deus excede todo o entendimento”. Na verdade, só quando descanso em Deus posso sobrevoar que nem a águia sobre todo e qualquer terremoto que esteja a tentar dominar a mente e, por ende, as minhas acções.


O acto de descansar em Deus acarreta uma segunda verdade absoluta. Não tenho que carregar toda essa ansiedade que tolda a minha mente, se tão somente aceitar o desafio do próprio Jesus que me desafia, através do entendimento da Bíblia, a não estar ansioso por nada, mas a tão-somente a confiar n´Ele. É só aqui que consigo levar paz à minha mente e, consequentemente, à minha vida.

Sou sim, senhor da minha mente, mas ela não pode ficar à mercê apenas dos meus inputs internos, fruto da minha história pessoal, e dos inputs do ambiente que me rodeia.  Encontrei amparo em Deus, em todos os momentos.

Experimente Deus. Conselho de amigo.

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