terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pedalar sempre, nunca parar!


Tinha 11 ou 12 anos quando um amigo muito chegado recebeu, pelo Natal, uma bicicleta. Como bom amigo deixou-me montar a bicicleta dele, apesar de nunca ter feito tal exercício. Sendo assim, o primeiro passo teria de ser o de aprender a montar a bicicleta.

Quando fiz as primeiras tentativas, só as minhas longas pernas me impediram de ir ao chão. Arrancava e ia de lado, caindo sempre, até que o meu amigo me disse: "deixa de olhar para o chão, levanta a cabeça e continua a pedalar continuamente". Em pouco tempo já andava sem grandes problemas.
Em muitos momentos da vida, deixamos de olhar para frente e nos concentramos nos problemas e detalhes que estão à nossa volta e, quase sempre, ficamos no mesmo lugar, entretidos com esses problemas. Demoramos muito tempo olhando para os obstáculos e não conseguimos ver o caminho que está à nossa frente, nem as oportunidades que ele nos oferece.

Acontece por exemplo quando perdemos o emprego. Em vez de procurar um novo emprego ou melhorar a nossa performance para realizar uma inovadora empreitada, por exemplo por conta própria, queixamo-nos do antigo empregador e perdemos tempo em processos no tribunal, em falar mal do anterior chefe, etc. Não que não devamos procurar a justiça - é um direito irrefutável - mas melhor será que enfrentemos os novos desafios.

Acontece quando um grande amigo nos ofende. Em vez de encarar a situação e resolver o problema de frente, nos divertimos fazendo queixas ao círculo de ambos ou tentando "queimar" o amigo.
A vida é uma grande estrada e nela encontraremos muitos obstáculos que, caso nos detenhamos neles, atrasam a nossa caminhada ou tomamos atalhos que nos tiram do nosso objectivo final.

Quando em 2007 visitei Israel, tive o privilégio de viajar no Lago da Galileia. Lembrei, então, de uma viagem similar realizada por Jesus e seus discípulos. A meio da viagem, um vento forte levou os discípulos a temerem o pior, enquanto Jesus dormia tranquilamente. Ele sabia que o barco chegaria ao seu destino, apesar do vento forte e ameaçador, mas os discípulos apenas se preocuparam com o vento momentâneo, em vez de descansarem, assim como Jesus. Ele sabia que o destino estava mais à frente e que o vento era apenas um detalhe.

A nossa vida está cheia de problemas e obstáculos, mas ela será melhor se colocarmos os nossos olhos no horizonte e não pararmos de pedalar. Melhor ainda quando entregamos todas as nossas preocupações e problemas a Deus e nos enfocarmos apenas no caminho traçado. A vida será, sem dúvida, mais agradável.

Continue a pedalar sempre!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pós-modernismo: amigo ou inimigo?

Estava a preparar uma série de estudos sobre o pós-modernismo e encontrei este extraordinário texto que, com a devida vénia, passo a publicar. O autor é S.Michael Craven, presidente do Center for Christ & Cultura, sediado em Dallas, EUA, que se dedica a equipar os cristãos com uma abordagem inteligente e completa às questões culturais para demonstrar a importância duma vida cristã integral. O texto está em português, do Brasil. 

Há um grande pavor e, devo acrescentar, confusão sobre a natureza e o impacto do pós-modernismo. Muitos Cristãos assumem imediatamente que todas as coisas pós-modernas são a fonte de relativismo moral pernicioso e que o pós-modernismo irá de certo destruir toda a verdade.

Eu, frequentemente, escuto os líderes evangélicos falarem da "ameaça do pós-modernismo" ou os "desafios de viver na era pós-moderna," como se alguma nova força malévola estivesse contagiando a civilização ocidental. Em suma, a maioria dos cristãos tendem a assumir que o pós-modernismo é completamente oposto à fé cristã. Mas eu diria que esta teoria é baseada em uma noção popular e desinformada da pós-modernidade do que em uma análise crítica que pretende realmente compreender as complexidades da cultura e do saber humano.

Não se engane, há de fato uma força maléfica que tomou conta da civilização ocidental, a força que tem minado a autêntica fé cristã. Eu estou falando sobre o modernismo. O pós-modernismo oferece o primeiro desafio sério para o modernismo, desde seu surgimento a partir do Iluminismo do século XVIII, assim, o pós-modernismo justifica uma consideração séria como um aliado à fé cristã.

Foi a ênfase iluminista na razão autônoma que inaugurou a era moderna e com ela uma rejeição da revelação divina como uma fonte legítima da verdade. Professora de Inglês e de Estudos de Cinema, Crystal L. Downing, do Messiah College, salienta em seu livro, Como o Pós-Modernismo Serve a (Minha) Fé: "A verdade para o pensador moderno é objetivamente percebido pelo cérebro humano sozinho. A razão começa a prevalecer sobre a revelação, a análise racional começa a substituir a autoridade da Igreja...

Enquanto o cristão pré-moderno diz que a crença precede a compreensão, a era moderna começou a mudar a idéia, dizendo: 'Eu preciso compreender para crer." A professora Downing acrescenta que, “uma vez que a razão se transforma em fonte preeminente do conhecimento, esta corrói a confiança na fé, que é "a certeza das coisas que se esperam, a convicção das coisas que não se vêem". Isso não quer dizer que a fé cristã não é razoável ou que os cristãos não empregam a razão.

Certamente que não. É, simplesmente, para dizer que os modernistas "iluminados" tentam separar a fé e a razão em duas categorias separadas e distintas de conhecimento, uma armadilha que muitos cristãos têm caído sem querer. O Teólogo Kevin Vanhoozer clarifica a cooperação da razão e da fé assim: "Eu acredito na razão. A razão é um processo cognitivo designado por Deus de inferência e crítica, uma disciplina que forma hábitos virtuosos da mente. Eu raciocino na crença. Mandado racional, inferências, análise críticas não ocorrem em um vácuo, mas num quadro fiduciário, um quadro de crença."

Por outro lado, o modernismo (ou Iluminista) elevou o ser humano à razão do "objeto supremo de devoção humana... adorado em nome do progresso," segundo a Dorothy L. Sayers. O modernista, falsamente, acredita que a sua razão existe em um objetivo e, portanto, um vácuo perfeito e independente de quaisquer influências externas. Como tal, a epistemologia modernista ensina que toda a verdade é exclusiva da compreensão da razão humana e, portanto, nenhum conhecimento, que não venha por meio de fatos empíricos processados pela “perfeita” razão humana é insuficiente.

Mas, na verdade, todos nós possuímos certos pressupostos baseados em nossas experiências contextuais que inevitavelmente moldam a nossa interpretação dos fatos. Nossos pressupostos, muitas vezes, contam com a razão só até certo ponto a partir do qual todos nós empregamos uma forma de fé. Assim, só a razão humana é limitada.

Assim, de acordo com o pós-moderno, tanto o cristão como o ateu mantêm que a crença invariavelmente se apóia na fé. Isso é verdade. O pós-modernismo tem o potencial de restaurar a fé (revelação) como uma fonte legítima de conhecimento. O projeto do Iluminismo restringe o conhecimento a fatos cientificamente comprovados. Esta condição, naturalmente, iria inibir a recepção do evangelho e assim a sua destruição seria útil para a Igreja.

Embora possam negá-lo, os modernistas pressupõem certas "verdades," pelas quais eles também, se afastam da razão eventualmente, utilizando a fé em seus pressupostos. Isto é precisamente o que o pós-modernismo desafia: a crença na razão autônoma além da fé, que finalmente dá origem ao mito do indivíduo autônomo. O "ser autônomo" levado à sua conclusão lógica cria seu próprio e único significado, define a sua própria moral e, em seguida, tenta vivê-la na sua melhor capacidade.

Em outras palavras, a vida é toda sobre você, seus sentimentos e desejos. Você e só você continua a ser a autoridade máxima em sua própria vida. Esta é uma noção puramente modernista que tem contaminado a Igreja contemporânea de tantas formas que não há como contar. Acho que isso poderia explicar, em parte, o crescimento da mega-igreja americana em um momento quando o número total de adeptos ao Cristianismo está em declínio. Pequenas igrejas estão se fechando em um ritmo alarmante no país e ainda assim mega-igrejas estão sendo construídas a cada dia.

É claro que isso faz sentido, se muitos cristãos acreditam no ser autônomo. A mega-igreja oferece uma experiência dinâmica de Igreja, muitas vezes, dirigida para entreter e animar os participantes. A ênfase pode inconscientemente se voltar para o participante, ao invés da adoração a Jesus Cristo. Há menos responsabilização direta e poucas pessoas são realmente conhecidas pelo pastor. As pessoas são capazes de se "esconder" no meio da multidão e a disciplina da Igreja, raramente, é ouvida, a responsabilidade se torna menos rigorosa e a pessoa é mais capaz de manter sua autonomia. Nós norte-americanos, especialmente, gostamos desse jeito.

No entanto, como meu amigo Dr. John Armstrong ressalta: "Nós evangélicos temos uma teologia de ‘baixa igreja’, muitas vezes, por causa da nossa reação contra o Catolicismo. Precisamos recuperar tanto uma Cristologia elevada e uma maior eclesiologia, ou doutrina da Igreja. O Novo Testamento está repleto com a ênfase que Deus nos salva como parte de um grupo de pessoas, uma família e uma comunidade. Nós não somos soldados isolados quando oramos. Nós somos membros uns dos outros."

Eu não estou dizendo que o pós-modernismo é a resposta para tudo o que aflige a Igreja contemporânea. Mas, como John argumenta (e eu concordo), "ele oferece um novo desafio e um novo momento kairos (momento supremo) para a missão de Cristo que pode ser usado por Deus para abrir uma nova geração para a verdade que está somente em Cristo, conhecido tanto na encarnação como na relação, e não racionalmente sob o modernismo."

Quanto à alegada contribuição do pós-modernismo para a filosofia de "toda verdade é relativa," isso não é inteiramente correto. Downing aponta que "nenhum pensamento pós-modernista nega a realidade dos fatos. Em vez disso, o pós-modernismo debate a questão do imediatismo de nosso acesso aos fatos, sugerindo que os preconceitos, pressupostos e outras construções, culturalmente, colorem (mas não obscurecem) os vidros através dos quais vemos os fatos... "

Tal entendimento poderia tornar cristãos mais humildes, menos dogmáticos e mais sérios em seus esforços para conhecer o Senhor, pois poderiam mais adequadamente equilibrar fé e razão. Lembre-se de concessão de Paulo de que "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido" (1 Cor. 13:12 KJV).

Por último, através da recuperação de uma epistemologia mais cristã, poderíamos abandonar o indivíduo autônomo e, em vez disso, corretamente nos integrarmos na comunidade dos crentes, que foi o convincente testemunho da Igreja do primeiro século.

Autor: S. Michael Craven é o Presidente do Center for Christ & Culture, Dallas, EUA.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tempo, problema ou solução?


"Não há tempo para nada". "O tempo voa". "Não tenho tempo para fazer tudo o que necessito". Estas são algumas das muitas expressões que ouvimos ou que até já pronunciamos.

A falta de tempo parece ser um sindroma que atingiu a todos, principalmente aqueles que realizam muitas tarefas nas mesmas 24 horas do dia. As responsabilidades profissionais reclamam mais de oito horas, o tempo de estudo, investigação e auto-afirmação, cada vez mais necessários, é igualmente reduzido, as actividades sociais, que consomem muito tempo, exigem a nossa presença.

Mas, atenção: e a família, os amigos, tempo para reflexões, para o merecido descanso, etc.??? O físico também exige pelo menos 30 minutos diários de cuidados, seja através de caminhadas, corridas ou qualquer prática desportiva.

Os estudiosos da gestão do tempo garantem ser possível realizarmos e satisfazermos todas as nossas necessidades e cumprirmos as nossas responsabilidades no tempo de que dispomos. E no fim não ficaremos stressados, duentes ou frustrados por não termos feito tudo a que nos propusemos.

O segredo reside na boa gestão do tempo. A título de sugestão, deixo alguns passos para uma melhor gestão do tempo, caso ainda não a tenha conseguido:

1. Determine as suas prioridades em cada período de tempo. Mas inclua todas as actividades, não apenas as responsabilidades. Todas são importantes e terá de realizá-las, mas por ordem de prioridades.

2. Não salte para uma segunda tarefa, sem terminar a primeira. Receba a tarefa, analise-a, despache-a ou seja, resolva o assunto e arquive-o definitivamente. Desta forma a sua gaveta mental não ficará tão cheia, repleta de "pendentes".

3. Concentre toda a sua mente, energia e tempo na realização de cada tarefa, sem pensar na anterior e, muito menos, na seguinte. Lembre-se que cada tarefa é importante e que da sua realização a tempo e bem depende o sucesso das asctividades subsequentes.

4. Coloque na sua lista de prioridades tudo o que você deve fazer: trabalho, formação, familia, educação dos filhos, recreação, exercício físico, amigos, cuidado espiritual, serviço comunitário, etc., etc.

É curioso que hoje os especialistas se dedicam tanto à gestão de tempo e não é menos verdade que qualquer líder que se preze já passou por uma formação nessa área. No entanto, séculos atrás o rei de Israel Salomão avisava a todos nós, através da inspiração da sabedoria divina, que tudo tem o seu tempo determinado e que há tempo para tudo.

A grande questão é saber gerir esse tempo, de tal modo que o tempo não seja um problema, mas uma solução de vida.

Se quiser transformar a gestão do seu tempo de problema em solução, aceite o conselho do poeta do livro de Salmos que escreveu: "Ensina-nos, Deus,  a contar os nossos dias para conseguirmos a Tua sabedoria", que numa versão livre pode ser interpretado como "ajuda-nos a usar sabiamente o tempo de que dispomos".

Assim como tem todos os aspectos da sua vida, conte com Deus para uma boa gestão do seu tempo.

NOTA: Este texto foi escrito por mim em 1999 na página electrónica que então criei "Compartilhando a boa esperança". Não me lembrava. O amigo Silas Almeida trouxe-me uma cópia e como 12 anos depois continua actual, decidi repúblicá-lo.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cabo Verde, bem-aventurado!

No dicionário da Língua Portuguesa, a palavra "bem-aventurado" significa "muito venturoso, muito feliz, que traz ventura, que favorece". Duas versões teológicas referem-se a "feliz três vezes" e "abençoado".

Esta expressão não é muito usada no nosso dia-a-dia e quase nunca nos referimos a alguém como bem-aventurado. Pessoa de boa ventura.

É interessante que quando procuramos na Bíblia alguma referência à nação ou país, nos referimos sempre ao texto "Bem-aventurada a nação cujo Deus é o Senhor", que se encontra no capítulo 33 do livro de Salmos. Não poucas vezes, tenho encontrado uma interpretação que considero desvirtuadora do signifcado do texto: a ideia de que uma nação é bem-aventurada ou feliz se ela abraçar uma teocracia, colocar na Constituição ou na sua moeda qualquer referência a Deus ou ainda se instituir uma religião como a oficial.

No meu entendimento, e considerando a Verdade Absoluta que é una, uma nação é bem-aventurada ou feliz quando genuinamente e por opção de vida os seus cidadãos, individualmente, aceitarem e seguirem os padrões divinos. As bençãos colectivas não existem como tais, mas são consequências das bençãos individuais de cada um.


Não tenho dúvidas de que Cabo Verde será uma nação melhor e, finalmente bem-aventurada, se cada um de nós aceitarmos e vivermos segundo os padrões de Deus. Essa bem-aventurança não virá de nenhum governo, nenhum governante, nenhuma religião ou igreja-Estado, nenhuma Constituição teocrática.

Hoje nos orgulhamos de Cabo Verde - país independente, viável e onde realizamos os nossos sonhos - mas nos orgulharemos ainda mais da nossa terra se deixarmos à próxima geração um legado melhor, assente nos padrões bíblicos. Somos a geração da Independência Nacional (eu tinha 11 anos em 1975), mas devemos ser também a geração das bem-aventuranças para a nossa querida terra.

Viva Cabo Verde, o país que Deus nos deu para dele fazermos uma benção.
 

domingo, 3 de julho de 2011

A força da palavra


Há cerca de dois meses, encontrei-me com um familiar numa das estações de serviço na Praia para tomar um café. À chegada, disse-me que tinha acabado de perder 70 contos e perguntei-lhe logo onde deixou a carteira. A resposta saiu rápida: "ao fechar um negócio dei um preço, mas minutos depois chegou outro comprador e me ofereceu 70 contos a mais. Como já tinha dado a minha palavra, mantive o primeiro negócio".

Há duas semanas, o mundo do futebol foi supreendido com a notícia da transferência do técnico português André Villas-Boas do FC Porto para o Chelsea, da Inglaterra. Meses antes, o mesmo Villas-Boas dissera que estava sentado na cadeira de sonho e que gostaria de ficar 15 anos aí. Há menos de dois meses, ele pediu ao presidente do FC Porto para não vender os melhores jogadores, como Falcão  e Hulk, porque na próxima época a equipa seria ainda mais forte.

De repente, um fax muda tudo e o homem promete pagar 15 milhões de euros para ser "desobrigado" de ficar no FC Porto. Simples, claro e rápido, como deve ser qualquer negócio.

Villas-Boas não pode ser criticado por desejar treinar uma das melhores equipas da Europa e ter um salário muito superior ao que auferia no FC Porto. No entanto, ele mesmo aceita que os adeptos do FC Porto considerem a sua decisão uma traição e sabe-o porquê: ele faltou à palavra. Muito diferente da postura do personagem do primeiro parágrafo deste texto.

Ninguém gosta de ser traído, nem por actos, nem por palavras. No entanto, muita vezes fazemos aos outros aquilo que não gostamos de que nos façam a nós. Ou seja, violamos uma das regras basilares da vida e da sociedade, a Regra de Ouro.
Essa traição acontece repetidas vezes através da nossa palavra. Prometemos sem pensar, e, por este e outros motivos, não cumprimos o que prometemos. As consequências são terríveis tanto para quem falha - perde a confiança do próximo -, como para o prometido, que fica com as mãos abanar.

A falta de palavra ou o incumprimento dela é uma das causas de muitas crises que enfrentamos hoje, entre casais, entre pais e filhos, entre amigos, entre colegas, entre superiores e subordinados, entre líderes e liderados. Como diz um jurista amigo, cerca de 30 milhões de leis foram elaboradas na história da humanidade para tentar regular o que está estatuído em apenas 10 mandamentos.

Com certeza, se todo o ser humano cumprisse a sua palavra, o mundo seria muito, mais muito melhor.

Você não pode mudar o mundo, mas pode começar a mudar o mundo que está à sua volta, por exemplo, pela palavra. Que ela seja sim, sim, e não, não.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Voe alto!


Um jovem piloto inglês experimentava, há mais de um século, o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo. Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento. Percebeu logo que havia um rato a bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos que quase colocaram em perigo a sua viagem.
Moral da estória: Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia, maledicência, diz que diz,  voe mais alto. Se o criticarem, voe mais alto...Se lhe fizerem injustiças, voe mais alto!!!Lembre-se sempre que eles não resistem às grandes alturas ...